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2024 foi um ano de grandes descobertas literárias e reencontros com obras que atravessam gerações. Estipulei uma meta para ler 12 clássicos no ano (um por mês). No entanto, consegui ler nove e fiquei muito feliz, já que eu não tinha o hábito de ler clássicos, apenas literatura contemporânea.
Seja revisitando autores renomados ou desbravando pela primeira vez páginas que moldaram a literatura mundial, cada leitura foi uma experiência enriquecedora. Cada obra trouxe um novo olhar para temas antigos, conectando o passado ao presente de forma surpreendente.
Mergulhar nos clássicos é sempre uma jornada fascinante, pois eles carregam não apenas histórias memoráveis, mas também reflexões profundas sobre a condição humana, a sociedade e os dilemas universais que permanecem atemporais. Neste post, compartilho os nove clássicos que marcaram meu ano, cada um com suas peculiaridades, lições e emoções únicas.
Lucíola, de José de Alencar
“Lucíola” narra a história de Paulo, um jovem que se muda para o Rio de Janeiro e se apaixona por Lúcia, uma mulher de reputação questionável. À medida que o romance se desenvolve, Lúcia revela seu passado trágico e as razões que a levaram à vida que leva, mostrando uma luta interna entre o desejo de redenção e os preconceitos da sociedade. É uma obra que questiona os valores morais e a hipocrisia da época. (Assista à resenha aqui.)
Madame Bovary, de Gustavo Flaubert
“Madame Bovary” acompanha a vida de Emma, uma mulher sonhadora que se casa com o gentil, mas monótono Charles Bovary. Insatisfeita com sua vida provinciana, Emma busca preencher o vazio emocional em romances extraconjugais e consumismo desenfreado. Contudo, suas escolhas levam a consequências devastadoras, numa crítica feroz ao romantismo e às ilusões burguesas.
Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco
Este clássico português é uma tragédia romântica que segue o amor impossível entre Simão e Teresa, dois jovens cujas famílias rivais os impedem de ficarem juntos. A história é marcada por cartas, sacrifícios e o sofrimento que culmina em um desfecho dramático, destacando o poder do amor e suas consequências fatais.
Helena, de Machado de Assis
Em “Helena”, Machado de Assis narra a chegada da jovem Helena à casa da família do Conselheiro Vale, que a reconhece como filha antes de falecer. A convivência com Estácio, filho legítimo do Conselheiro, revela segredos e desperta um amor impossível, envolvendo questões de classe, identidade e os limites da moralidade.
Persuasão, de Jane Austen
“Persuasão” é a história de Anne Elliot, que, oito anos após ser persuadida a rejeitar um pedido de casamento de Frederick Wentworth, reencontra seu antigo amor. Entre arrependimentos e novas possibilidades, o romance explora o amadurecimento, as segundas chances e as pressões sociais na Inglaterra do século XIX.
A Abadia de Northanger, de Jane Austen
“A Abadia de Northanger” segue a jovem Catherine Morland, uma amante de romances góticos, que é convidada a visitar a propriedade de Northanger Abbey. Sua imaginação fértil a leva a interpretar situações cotidianas como tramas misteriosas, mas, ao longo da história, Catherine amadurece e aprende a distinguir a fantasia da realidade. Com humor e ironia, Jane Austen oferece uma sátira do gênero gótico e uma reflexão sobre as ilusões e o crescimento pessoal.
A hora da estrela, de Clarice Lispector
Clarice Lispector apresenta a trágica vida de Macabéa, uma jovem nordestina ingênua e insignificante que tenta sobreviver no Rio de Janeiro. Narrada por um escritor atormentado, a obra aborda questões de identidade, desigualdade social e a busca por significado em uma existência marcada pela invisibilidade.
Anna Kariênina, de Liev Tolstói
“Anna Kariênina” é um romance russo que entrelaça a paixão adúltera de Anna e Vronski com as questões sociais, políticas e familiares do século XIX. Enquanto Anna luta contra os padrões da sociedade, suas escolhas a levam a uma espiral de tragédia. (Leia a resenha aqui.)
O primo Basílio, de Eça de Queirós
Esse romance português retrata o adultério de Luísa, uma dona de casa burguesa, com seu primo Basílio, enquanto seu marido Jorge está ausente. A trama expõe as hipocrisias da sociedade lisboeta e culmina em intrigas, chantagem e tragédia, em uma crítica contundente aos valores da classe média.
Espero que esses resumos inspirem você a explorar (ou revisitar) esses grandes livros, que, mesmo com o passar do tempo, seguem surpreendendo e encantando leitores ao redor do mundo. Qual desses clássicos você já leu ou gostaria de ler? Compartilhe sua opinião nos comentários!
Quer ver quais clássicos vou ler em 2025? Assista ao vídeo abaixo.
2 comentários em "9 clássicos que li em 2024"
Regi querida, sua paixão pela literatura/leitura é contagiante!!! Grata por citar meu nome e que bom que Clarice lhe agradou! Abraço carinhoso e um mágico e especial 2025! 🌹
Obrigada, Suzi! Nunca me esquecerei de você. Gratidão pelo presente, Clarice vai sempre fazer parte da minha vida. Um ótimo 2025 pra você.
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