De mãos dadas, caminhavam pela trilha ansiando que o destino escolhido chegasse rapidamente. Ela olhou para trás e sorriu satisfeita ao notar a extensa montanha que subiam e, apesar do cansaço, se sentia feliz e muito animada.
Ele, por sua vez, apenas caminhava em silêncio. Estava contente, pois sabia que aquele passeio a satisfaria e para ele nada era mais importante do que isso. Vê-la sorrir era o seu presente. Amava tanto aquela garota que, mesmo tendo medo de altura, se ela pedisse para pularem de paraquedas, ele pularia.
O som dos galhos das árvores balançando devido ao vento forte indicava que o topo se aproximava. Não conseguiam ver o final, visto que a trilha era feita por curvas e a cada curva completada, outra surgia. No entanto, não demorou muito para a mata abrir espaço para o belíssimo horizonte que surgiu, revelando um mar de montanhas e árvores à frente.
O casal apaixonado se abraçou observando o sol, que nasceu há poucos minutos, encantados com a beleza daquela região. Escolheram a pequena cidade com o objetivo de tirarem férias em um local que pudessem ter paz e descansar da agitação da cidade. Não poderiam ter escolhido lugar melhor.
Sentados em uma pedra, conversaram sobre o que aquele lugar os fazia sentir. Ela disse sentir paz, sua mente não estava sendo preenchida por centenas de pensamentos obsessivos. Era apenas silêncio que ouvia e aquela era a melhor sensação do mundo. Ele disse que o lugar o fazia ter certeza.
– Certeza de quê? – perguntou a moça, curiosa.
– Do meu amor por você.
– Como assim? – insistiu timidamente, como sempre acontecia quando ele começava a se declarar a ela.
– Não importa o lugar em que eu estiver, se você estiver junto a mim, a felicidade também estará. Subir esta montanha, enfrentando alguns mosquitos chatos, valeu a pena. Essa vista é linda! Mas, se eu estivesse sozinho ou com amigos, não seria tão especial como está sendo. O lugar é lindo, mas é você quem o torna importante para mim.
Ele a ajudou secar as lágrimas teimosas que escorreram devido à emoção que sentiu e ficaram ali, aproveitando o calor da luz da manhã. Para eles, nada mais importava, apenas o momento presente.
Crônica de Regiane Silva
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