Livro: De Sangue e Cinzas;

Autora: Jennifer L. Armentrout;

Editora: Galera;

Publicado em 2021;

Páginas: 669;

Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Prestes a completar 19 anos, Poppy se prepara para sua Ascensão. Quer dizer, Poppy é preparada para sua Ascensão, já que, como tudo mais em sua vida, ela não tem opção senão Ascender. Sendo a Donzela, ela será entregue aos deuses de qualquer forma, seja lá o que isso signifique.

Destinada a salvar Solis dos Atlantes, que amaldiçoaram o reino com a criação dos terríveis Vorazes, Poppy não entende o que está por vir e nem sabe se está pronta para ser entregue aos tais deuses ou, ainda, se sequer deseja fazê-lo.

Privada de todas as escolhas, sendo inclusive obrigada a cobrir o rosto com um véu e impedida de conversar com qualquer pessoa além de uma dama de companhia designada pela Corte, Poppy leva uma vida solitária. Mas o que ela quer mesmo é lutar ao lado dos guardas e conseguir se proteger das criaturas que ameaçam o reino, as mesmas que mataram seus pais. Com um aliado secreto e uma habilidade rara, Poppy tem um vislumbre da vida que poderia ter se fosse livre do fardo de ser a Donzela.

Mas com a entrada de Hawke Flynn em sua vida, o mundo de Poppy vira de cabeça para baixo e ela corre o risco de ser arrebatada por tudo o que sempre lhe disseram ser proibido. Lançada em uma intrincada rede de mentiras, traições e desejo, ela vê todas as suas certezas começarem a ruir. Qual será o lado certo da história? E será que há mesmo um lado certo? Em meio a tantas reviravoltas e dilemas, o futuro de Poppy está cada vez mais incerto e perigoso, e a vida de dois reinos está em suas mãos.

Não sou muito fã de Fantasias. Esses livros exigem muita atenção e entrega à história. Talvez por eu ter a mente agitada e um pouco de dificuldade de concentração, prefiro livros “fáceis” de ler; ou seja, algo que se passe em nosso universo.

No entanto, como estou escrevendo uma Fantasia, neste ano comecei a ler esse subgênero.

Como toda Fantasia, na qual há um universo mais complexo, eu demoro para engatar a leitura. Apesar de o primeiro capítulo ser sempre uma apresentação de toda a história, os capítulos de De Sangue e Cinzas não são cansativos. Logo no segundo capítulo, já temos uma movimentação interessante: o encontro de Poppy e Hawke. Entretanto, apenas a partir da página 100 que realmente avancei à leitura, ansiosa para saber o que aconteceria.

Poppy é uma personagem muito empática, boa, com vontade de viver e divertida. Apesar de ser teimosa, ela não é chata nem cansativa. Em algum momento, é possível qualquer pessoa se identificar com as questões dela.

Hawke é um personagem carismático, divertido, debochado e que me fez rir e me contorcer em vários momentos. Além de mostrar que realmente entende Poppy e suas questões, ele é o tipo de personagem que eu torcia para estar sempre ao lado dela.

Nossa mocinha não tem muita liberdade devido à sua condição de Escolhida pelos deuses. Os poucos amigos que ela tem não a entendem muito bem, pois acreditam fielmente no destino dela. Já Hawke deixa claro que Poppy é bem injustiçada. Isso me fez amá-lo rapidamente.

Os diálogos do livro são maravilhosos. Poppy e Hawke se alfinetam o tempo todo e o clima tenso e sexual que fica no ar enquanto isso acontece me enlouquecia. Como torci por esses dois.

Há um Plot Twist inesperado na história, contudo, eu já tinha tomado alguns spoilers, por isso não me surpreendi. Na verdade, estava ansiosa para saber como ocorreria. No entanto, isso não tirou minha vontade de saber por qual caminho a história andaria. Em momento algum, De Sangue e Cinzas é previsível.

Apesar de ter gostado bastante da história, não sinto vontade de ler a continuação. O livro não tem um final, porém tirei minhas conclusões e, na minha cabeça, eles viveram felizes para sempre. Mesmo que os problemas envolvendo os Reinos não tivessem sido solucionados.

Não sei, quem sabe mudo de ideia futuramente. Talvez minha fase de ler Fantasias tenha acabado por enquanto.

Mas valeu a pena me dedicar a essa leitura.

Medo e coragem costumam ser a mesma coisa. Podem transformá-la em uma guerreira ou em uma covarde. A única diferença é a pessoa em que esses sentimentos residem.

E quanto às suas cicatrizes? Elas são uma prova da sua coragem. A prova de que você sobreviveu. Do motivo pelo qual você está aqui quando tantas pessoas com o dobro da sua idade não puderam estar. As cicatrizes não são feias. Longe disso. Elas são lindas, Poppy.

Você já leu De Sangue e Cinzas? O que achou?