Minha relação com os livros de Nicholas Sparks é exatamente assim: ou eu amo, ou eu odeio. Neste post, não mencionarei as polêmicas em que o autor se envolveu; falarei apenas de suas histórias, pois consigo separar o autor de suas obras. Afinal, ele não é meu escritor favorito. Apenas gosto de ler seus romances sem grandes expectativas e amo quando eles me surpreendem positivamente.

Como autora, admiro a habilidade de Nicholas Sparks em construir emoções e retratar o romance entre seus protagonistas de forma cativante. Ele merece certamente o sucesso que conquistou, graças ao seu talento e à sensibilidade com que escreve suas histórias.

Meu primeiro contato com Nicholas Sparks foi por meio de Diário de uma Paixão. Chorei muito na primeira leitura do livro. Eu tinha cerca de 16 anos e fiquei encantada com o amor de Allie e Noah, que parecia o exemplo perfeito de um amor eterno. Mesmo diante das dificuldades impostas por uma doença, Noah permaneceu ao lado da esposa.

No entanto, ao reler o livro 12 anos depois, minha percepção mudou. Claro, ainda me emociona o gesto de Noah ao visitar Allie todos os dias para ler a história deles. Mas a trama já não me parece tão impactante quanto da primeira vez. Ainda assim, Diário de uma Paixão continua ocupando um espaço especial no meu coração.

Lembro que o segundo livro que li do autor foi Querido John. Na época, peguei o exemplar emprestado, então não o tenho em minha coleção. Confesso que não me recordo se gostei ou não da história, e é por isso que ele está na minha lista de releituras.

Voltei a me interessar pelos livros de Nicholas Sparks em 2022, quando li O Casamento. (Inclusive, tem resenha dele aqui no blog.) Foi amor à primeira vista. O livro é uma continuação de Diário de uma Paixão, mas desta vez foca a filha de Noah e Allie, Jane. Sem dúvida, é uma das histórias de amor mais lindas que já li.

Não digo isso porque seja um romance arrebatador, porque não é. O que torna essa história especial é o fato de ser uma jornada de reconquista. Wilson e Jane estão casados há quase 30 anos, e o romance entre eles se apagou com o passar do tempo e a rotina. Wilson percebe isso de forma dolorosa ao esquecer o aniversário de casamento, deixando Jane profundamente magoada. Determinado a reconquistar sua esposa, ele busca conselhos com o sogro, sabendo o quanto Jane sempre admirou o casamento dos pais, e inicia uma jornada de resgate do amor entre eles.

Para mim, isso é muito mais valioso do que o início de um amor arrebatador. São os pequenos gestos do dia a dia que realmente constroem e fortalecem uma relação.

Envolvida pelas histórias de amor, em 2023 li O Resgate. (Inclusive, também tem resenha dele aqui no blog.) Confesso que achei a leitura um pouco mais arrastada, mas Denise e seu filho, Kyle, me conquistaram, especialmente ao descobrir que a criança foi inspirada na experiência pessoal de Nicholas Sparks, que também tem um filho com a mesma condição.

Por outro lado, Taylor é um personagem tóxico, marcado por um passado trágico. Não gostei da forma como ele tratou Denise depois que ela se apaixonou por ele; foi de partir o coração. Para piorar, os amigos de Taylor eram extremamente intrometidos, o que só complicava ainda mais a situação.

Embora o livro tenha um final feliz, terminei a leitura com um gosto amargo na boca. Sinceramente, torci para que o casal não ficasse junto no desfecho.

Neste ano de 2024, embarquei na leitura de Um Porto Seguro sem nenhuma expectativa, e fui surpreendida. Que livro maravilhoso! Amei cada página, especialmente porque adoro histórias que retratam recomeços, ainda mais ambientadas em cidades pequenas.

A trama me lembrou Uma Segunda Chance, de Colleen Hoover. Katie está fugindo de uma vida passada traumática e encontra a oportunidade de recomeçar em um novo lugar. Alex é o típico “cara perfeito”, disposto a tudo para ajudá-la. Apesar de abordar uma temática delicada, como a violência doméstica, o livro consegue ser leve e muito prazeroso de ler. Foi uma experiência encantadora acompanhar essa história.

Após ter gostado tanto de Um Porto Seguro, decidi emendar a leitura de À Primeira Vista. E adivinhe só? Fui com expectativas altas e acabei me decepcionando.

O primeiro problema foi que o livro é a continuação de O Milagre, que eu não tinha lido. Por isso, não desenvolvi empatia pelo casal; eles precisariam me conquistar nesta história, mas isso não aconteceu. Apesar de a narrativa ser em terceira pessoa, o ponto de vista é focado apenas em Jeremy, o que dificultou minha conexão com Lexie. Ela se mostrou cheia de segredos envolvendo a avó e os amigos, agiu de forma infantil em vários momentos e exigiu que Jeremy mudasse toda a sua vida por ela, sem mover um dedo por ele ao longo da trama.

Além disso, as mentiras que Jeremy descobre ao longo do livro só pioram as coisas. O desfecho é triste, mas me senti mais triste por ele do que por ela. Para ser sincera, achei a história bem ruim. É um livro que, sem dúvida, vou me desfazer.

Apesar dessa experiência não muito positiva, decidi iniciar Almas Gêmeas agora em novembro, novamente sem grandes expectativas para evitar decepções. Para minha surpresa, o livro é muito bom. Ainda não terminei a leitura, mas já passei da metade, e o casal conseguiu me conquistar completamente. Estou amando cada capítulo!

A história é leve, bem escrita e muito agradável, mas neste momento estou com o coração na mão pelo casal. Assim que finalizar a leitura, vou preparar uma resenha para vocês.

Minha próxima leitura será Uma Longa Jornada, provavelmente em 2025. Tenho outros livros do autor na minha lista de desejos, mas pretendo lê-los com calma, à medida que for comprando. Inclusive, estou considerando adquiri-los em algum sebo.

E você, já leu algum livro do Nicholas Sparks? Tem um favorito? Comente aqui embaixo! O meu, com certeza, é O Casamento.