Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban | Resenha

22 de dezembro de 2024 - Regiane Silva

Livro de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban ao lado do box com os outros livros da saga.

Tenho buscado livros que aquecem o coração. Nada de grandes emoções ou leituras complexas — apenas histórias que tragam alegria. Para dezembro, não poderia ter escolhido melhor do que Harry Potter. Finalizar o terceiro livro com um sorriso no rosto foi simplesmente impagável.

Este texto não pretende ser uma resenha completa da obra. Escrevo já pressupondo que o leitor esteja familiarizado com a narrativa, seja pelos livros, seja pelos filmes.

Ganhei de presente do meu marido o box de HP. Confesso que ler os dois primeiros livros foi um pouco arrastado, pois eu me lembrava com perfeição dos filmes; e quando conheço a história, não consigo tirar bom proveito da leitura. E sim, sou uma fã de Harry Potter que nunca leu todos os livros. Por isso, estou lendo aos poucos.

No entanto, a partir do terceiro filme, não me lembro muito bem de todos os detalhes da saga. Minha memória é péssima, como já comentei muitas vezes aqui no blog. O que é ótimo, pois sei que, a partir de agora, minha experiência com HP será maravilhosa, como se estivesse conhecendo a história pela primeira vez na vida. Sabe aquela trend “um livro que gostaria de esquecer para ler de novo”? Basicamente isso sempre acontece comigo, devido à memória curta que tenho.

Passar uma semana em Hogwarts deve ser maravilhoso. E como minha carta se perdeu em algum lugar por aí quando eu tinha 11 anos (pode ter sido a coruja da família Weasley, Errol, que tentou trazê-la para mim, mas não completou a viagem), o terceiro livro me proporcionou a experiência.

Harry Potter combina muito com o Natal, não sei por quê. Talvez seja pela neve sempre presente no final de ano em Londres, ou por ter cenas de Natal nas histórias. Porém, cheguei a dezembro querendo ler HP. Comecei já me deliciando com Harry superdedicado à sua redação “A queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada”, escrevendo-a escondido embaixo do cobertor. Achei bem engraçado descobrir que Rony tentou ligar para Harry sem saber como se falava em um telefone, berrando enquanto o tio Válter tentava entender quem estava ligando.

A experiência de leitura até o Nôitibus Andante é bastante similar à do filme, mas, a partir desse ponto, as diferenças começam a surgir, tornando tudo muito mais interessante. Fiquei fascinada com a Hermione assistindo a dezenas de aulas, tentando compreender de onde ela tirava tanta energia. Já o Rony, implicando com o Bichento enquanto o gato perseguia incansavelmente o Perebas, foi uma dose de diversão à parte. No entanto, nada supera a emocionante revelação da verdade de Sirius Black a Harry — essa parte é simplesmente arrebatadora.

É claro que amei conhecer esse Black diferente do que vi no filme, mais sarcástico e sem medir as palavras. Confesso que achei divertido ele batendo a cabeça de Snape de propósito no teto do túnel enquanto saíam da Casa dos Gritos. Ele realmente não gosta do Snape.

Vou insistir no famoso clichê: “o livro é mil vezes melhor que o filme”. Afinal, os filmes precisam condensar a história, o que acaba excluindo várias cenas incríveis. Por exemplo, a conquista da Taça de Quadribol pela Grifinória naquele ano, para a alegria de Olívio, foi um momento marcante que ficou de fora. Além disso, as brigas entre Harry, Rony e Hermione adicionam camadas importantes à narrativa que o filme não conseguiu explorar. Sem contar que o filme ignorou as amizades do pai do Harry, deixando de se aprofundar na criação do Mapa do Maroto.

Gosto muito mais do Harry nos livros, ele tem resposta para tudo, é mal-humorado e não é bobinho como o dos filmes.

É claro que há muita forçação de barra na história, como Pettigrew sendo o rato de Rony por 12 anos! Faria mais sentido ele ter se transformado no rato quando eles estavam no Egito, após descobrir que Sirius havia escapado da prisão. Isso justificaria Perebas começar a ficar sem pelos e meio doente.

Apesar de a autora ser bem polêmica e dar muitos tiros no próprio pé, para mim, HP é uma obra-prima, e será um grande clássico um dia.

Durante anos, tia Petúnia e tio Válter tinham alimentado esperanças de que, se oprimissem Harry o máximo possível, seriam capazes de acabar com a magia que houvesse nele. Para sua fúria, tinham fracassado. (p. 8)

Morrer em vez de trair seus amigos, como teríamos feito por você. (p 276)

Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades? O seu pai vive em você, Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele. (p. 313)

Conte nos comentários qual seu livro favorito de HP.

Postagem feita por:

Foto Regiane Silva Regiane Silva

2 comentários em "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban | Resenha"

  • Avatar do Comentário
    22 de dezembro de 2024 às 15:37Cecilia Lorca disse:

    Ótimo texto! Sou fã de Harry Potter e especialmente esse terceiro livro!

    Responder
    • Avatar do Comentário
      23 de dezembro de 2024 às 09:31Regiane Silva disse:

      Eu amei ele também. Até o momento o primeiro e o terceiro são meus favoritos.

Deixe um comentário para motivar a autora

Cancelar resposta?